As dez virgens


Dez noivas á espera da noite de núpcias e apenas cincos estavam preparadas!



Mateus 25

1. Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo.
2. Cinco delas eram insensatas, e cinco prudentes.
3. Ora, as insensatas, tomando as lâmpadas, não levaram azeite consigo.
4. As prudentes, porém, levaram azeite em suas vasilhas, juntamente com as lâmpadas.



Após os discípulos de terem mostrado o templo de Jerusalém, Cristo Jesus fala pra eles várias parábolas, ensinando aos seus discípulos que o seu reino não era terreno e o seu reinado será no alto céu, juntamente com ele, irá subir aqueles que estão preparados esperando a sua volta. Dentre essas parábolas ditas por Jesus, uma delas que mais se destaca é, as dez virgens, que aguardavam a vinda dos seus noivos! Assemelhando a sua vinda (arrebatamento), com o casamento judaico daquela época. Para entender melhor está parábola, preciso dar um resumo do texto em si. 

A história conta que havia dez moças virgens, que esperava a chegada do noivo! Cinco delas tinham com elas, azeite, vasilhas e lâmpadas. E, cinco delas tinham apenas lâmpadas (candeias). Esses itens era essenciais naquela época, visto também que, servia para clarear na escuridão, e quem não tivesse esses itens, precisamente passaria por sufocos pra caminhar no escuro! Cinco delas só levaram as lâmpadas e não levaram o azeite para suprir, quando se apagar as chamas, as outras cincos estavam preparadas, pois, se acaso viesse apagar as chamas, elas, tinham suprimentos necessários e não passaria por sufocos e caminhar no escuro. Quando alguém a meia noite gritava: lá vem o noivo! Elas, teriam que ir ao encontro do noivo, e nesse exato momento elas teriam que, pegar suas lamparinas e ir ao encontro do noivo, e neste mesmo momento cincos delas não tinham azeite, se caso a chama viesse se apagar, elas vendo que suas lamparinas não teria vidas suficiente para encontrar o noivo, pedem azeites emprestado para as outras cincas que estavam preparada para essa ocasião, as cincos com medo, que viesse a faltar pra elas também se emprestasse, aconselha para as outras cincos insensatas ir ao mercado comprar azeite. Antes do noivo chegar todas elas estavam dormindo, pois, já era tarde! Quando ouviram o grito ´´O noivo se aproxima! Saiam para encontrá-lo!´´ Todas elas despertaram do seu sono, cinco delas saíram ao encontro do noivo, enquanto as outras cincos, foram ao mercado comprar azeite. Quando as cincos noivas chegam a porta estavam fechada: "Mais tarde vieram também as outras e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abra a porta para nós! ’ (Mt 25.11). O noivo responde para elas que não as conhecem! E elas, não puderam participar da noite de núpcias, pois não estavam preparadas para a chegada do noivo. 


Casamento Judaico nos tempos de Jesus


Quando um jovem judeu nos tempos de Jesus, encontrava a mulher que queria ( ou a mulher que seu pai dizia que ele queria), ele deveria se aproximar dela com um contrato de matrimônio. Ele deveria ir a casa dela com uma proposta – com um acordo legal e verdadeiro – dando os termos pelos quais ele estava propondo o casamento. O mais importante a ser considerado no contrato, era o preço que o noivo estaria disposto a pagar, para desposar aquela noiva em particular. Então o noivo deveria pagar esse valor. E devemos mencionar que esse valor não era “qualquer valor”, modesto e barato, mas ele deveria expressar o grande custo que aquele item “a noiva” lhe traria – essa era a ideia. O jovem não deveria se iludir que estaria adquirindo algo que não lhe fosse dispendioso – comprando barato. Ele deveria pagar caro, pela noiva que escolhesse. Quando esse assunto estava encerrado, o noivo deveria partir. Ele deveria fazer um breve discurso à sua noiva dizendo: “Eu vou preparar lugar para você”, e ele deveria retornar à casa de seu pai. De volta à casa do pai, ele deveria construir para ela uma câmara de núpcias, uma pequena suíte, na qual eles teriam sua futura lua de mel. Ele deveria realmente edificar um aposento separado da casa de seu pai. A suíte nupcial deveria ser linda – ninguém passa a lua de mel em “qualquer lugar”, e ali deveria haver provisões estocadas, pois noiva e noivo deveriam permanecer sete dias ali dentro ( sete anos para a Noiva de Jesus!). Esse projeto de construção tomaria praticamente um ano, e o pai do noivo deveria ser o juiz sobre quando a obra estaria terminada. (Nós podemos ver a lógica nisso – obviamente se fosse atribuído ao noivo, ele faria qualquer coisa e logo iria correndo buscar a garota!). Mas o pai do noivo, que já havia passado por isso na vida, e estava menos ansioso, deveria dar a palavra final sobre a obra estar terminada, e liberar o noivo para ir tomar sua noiva para si. Por sua vez a noiva, estaria obrigada a esperar pacientemente. Ela deveria gastar tempo em preparar seu enxoval, e estar pronta quando o noivo chegasse. A tradição mandava que ela deveria ter consigo uma lâmpada de óleo, em caso do noivo chegar em altas horas da noite escura, pois ela deveria estar pronta para viajar de um momento para outro, assim que solicitada. Durante esse longo período de espera, ela deveria ser conhecida como “consagrada”, “separada” e “comprada por preço”. Ela era verdadeiramente uma “Senhora à espera”, mas não havia dúvida sobre o retorno do noivo. Algumas vezes o jovem poderia se ausentar por período realmente longo, mas obviamente, ele tinha pago um alto preço por sua noiva, e apesar de haverem outras mulheres disponíveis, ele certamente voltaria por sua escolhida, com a qual havia celebrado contrato. A noiva, nesse período de espera, deveria usar um véu, sempre que saísse de casa, a fim de que outros jovens soubessem que ela estava comprometida, e assim não se aproximariam dela com outra oferta de casamento.

Quando o ano vai passando, a noiva deve convocar suas irmãs e suas melhores amigas, e todos os demais que deveriam ir com ela para as bodas, quando da chegada do noivo. E todos deveriam ter suas lâmpadas com óleo prontas! Se nessa altura alguém, vendo o noivo trabalhando para concluir sua câmara nupcial pergunta-se a ele: “Quando será o grande dia?” Ele teria que responder: “Só meu pai sabe”! Finalmente, a câmara nupcial ficaria pronta, e o noivo deveria então convocar seus jovens amigos, para acompanha-lo na jornada ansiosa em busca da noiva. O grande momento chegou, e o noivo está mais que preparado, disso podemos ter certeza. Ele e seus amigos deveriam entrar pela noite, tentando de tudo para fazer a maior surpresa para a Noiva. E essa é a parte romântica – todas as noivas judias eram “roubadas”. Os judeus tinham um entendimento especial do coração das mulheres. Que êxtase e aventura para ela, ser abduzida, tomada durante a noite, não por um estranho, mas pelo que a amou tanto que pagou alto preço para tê-la. Na casa da Noiva, as coisas deveriam estar prontas! Pra ter certeza, que a noiva teria a maior surpresa, pois o noivo tentaria chegar à meia-noite, enquanto ela dormia. Mas as lâmpadas de óleo deveriam estar prontas, e o véu deveria estar à mão. E enquanto ela dormia vestida de noiva, ela deveria ser surpreendida com a chegada do Noivo, e pronta para seguir com Ele. Agora, existem regras a serem observadas quanto aos sentimentos de uma mulher. O Noivo não poderia simplesmente arrancá-la de casa dormindo, pois é obvio que ela estaria dormindo com bobs nos cabelos! Na verdade, quando a turma de jovens amigos do Noive se aproximava da casa dela, eles eram obrigados a dar a ela um sinal. Alguém naquela turma deveria dar um grito! Quando a Noiva ouvisse aquele grito, ela saberia que seu Noivo chegaria em mais alguns momentos. Ela só teria tempo para acender sua lâmpada, tomar seu enxoval, e sair com ele. Suas irmãs e suas amigas, que quisessem assistir às bodas, também deveriam ter suas lâmpadas prontas. Ninguém poderia andar pela noite escura, no terreno rochoso de Israel, sem carregar uma lâmpada! Dessa forma os jovens, deveriam entrar na casa, e levar as moças consigo. O pai da Noiva, deveria olhar a situação com outros olhos, verificando se aquele era realmente o rapaz que havia contratado o matrimônio, e acompanhando a saída do grupo. As pessoas do povoado certamente seriam acordadas de seu sono, devido à alegria nas vozes dos jovens carregando sua lâmpadas e fazendo festa pelas ruas, e todos ficariam sabendo das bodas que estavam acontecendo. Hoje, ouvimos carros buzinando, mas naquele tempo, eles viam as lâmpadas clareando a noite escura. Os que observavam, talvez não identificassem a Noiva, pois ela continuava usando o seu véu. Mas ela voltaria às mesmas ruas uma semana mais tarde, com o Noivo, e então não estaria mais usando véu. Com o retorno da Noiva junto de seu Noivo, todo povo saberia quem realmente havia se casado, e entenderiam o verdadeiro significado daquelas bodas. Quando o grupo chegasse à casa do pai do noivo, a noiva e o noivo deveriam entram na câmara nupcial, e trancar a porta! Ninguém mais poderia entrar.
Comentário: Teólogo, Arles Marques.


O casamento é algo especial, é a aliança entre o homem e uma mulher! Ambos, serão uma só carne após o casamento (Mc. 10.6-9). Jesus usa como exemplo a sua vinda (arrebatamento), o seu reinado, com o casamento judaico daquela época! As dez virgens (noivas) retratam a igreja de Cristo, que deve estar preparada a espera da sua vinda. As cincos virgens preparadas são, as pessoas que estão com suas vidas santificadas longe do prazer mundanos! As outras cincos insensatas são, as pessoas que vivem suas vidas de qualquer jeito e estão conformados com suas vidas de pecados, quando Cristo Jesus vier, esses(a) ficarão de fora das bodas do cordeiro, em outras palavras, não desfrutarão de uma vida de paz e tranquilidade ao lado do mestre, reinando com ele no céu. É preciso estar vigilantes com a vida no altar e preparada para os dias bons e maus, mesmo vindo as perseguições, provações ou tentação, é necessário estar com azeite em suas vasilhas! Isto significa, estar com a vida em constante oração, orando e jejuando, isso é estar com azeite e preparado(a) para qualquer ocasião ou necessidade. 

Quero fazer uma analogia sobre o azeite! Imagine você ir ao mercado comprar azeite, lá são vendidos a vários preços, e você, negocia o azeite a qual quer comprar. Você irá gastar tempo, dinheiro e ainda andar o percurso até chegar ao mercado certo? O motivo que te incentivou a ir foi, a necessidade! Pois, você não tinha o suficiente para suprir quando vier acabar. 
Agora imagine que, o azeite é o Espírito Santo, para você comprar esse azeite (espírito santo), você não precisa ir a uma esquina, em algum qualquer mercado, ele é de graça e dado a quem procura! O critério necessário para ter esse azeite é, a oração e jejum para obter os frutos do espíritos tais como: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gl 5.22-23). Assim como houve necessidade de você ir até o mercado comprar azeite, assim também é a necessidade do homem ou mulher que, necessita de Deus do seu santo espírito sobre a sua vida! Com o azeite que simboliza o Espírito Santo, derramado sobre a vida de alguém este, se passar por dificuldades tais como; perseguição, calúnias, injúrias e mentiras, essa pessoa tendo o Espírito de Deus sobre sua vida, conseguirá passar por qualquer afrontas! Pois, está preparada espiritualmente, emocionalmente e psicologicamente, o azeite do espírito estar sobre ele(a), o pecado para esta pessoa é visto como uma afronta para Deus, diante das circunstâncias, essa pessoa estar com a vida no altar, esperando ansiosamente a vindo de Cristo, o arrebatamento.


Veja o que ´´Alexander Whyte´´ comentou sobre o óleo: Um homem pode comprar óleo para as lâmpadas de sua casa para durar todo o inverno, mas não pode ficar muito pobre com sua compra. Ele pode pagar a conta do óleo e ainda assim ter muito dinheiro sobrando para comprar vinho e leite para si e para sua família. Mas não neste mercado de óleo. Comprar o Espírito Santo é tão caro para o pecador quanto comprar o próprio Cristo e toda a sua justiça. 


O homem pode comprar tudo o que ele quiser estando ao seu alcance ou no poder do seu bolso (conta bancária), ele pode se satisfazer com seus desejos carnais e viver sua vida como se não houvesse amanhã, de fato, ele pode fazer tudo que ele quiser no seu livre arbítrio! Porém, para conseguir o reino de Deus a sua justiça, a sua salvação plena, é necessário haver renúncias, abrir mão daquilo que ele(a) mais gosta. Em outras palavras, é abrir mão da vida pecaminosa para viver o novo de Deus. Só obtém as coisas celestiais (frutos do espírito), dedicando seu tempo em oração constante e uma vida de temor a Deus.




Autor: Rafael Vitor

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